O painel moderado por Marina Alves discutiu a transição energética, enfatizando a importância de incluir a sociedade civil no planejamento e na execução de políticas energéticas

A transição não se limita à substituição de combustíveis fósseis por energias renováveis, mas envolve também a proteção do emprego, a criação de oportunidades e a inclusão social.

Maria Eduarda, uma das painelistas, destacou como a transição energética altera dinâmicas de poder, especialmente em países dependentes de combustíveis fósseis, e a necessidade de diversificação de fontes e parceiros na União Europeia, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

O painel também abordou os desafios técnicos, financeiros e sociopolíticos que dificultam uma transição sustentável, como a necessidade de investimentos em infraestrutura de transmissão e a incerteza regulatória que afeta investidores.

Ana trouxe à tona a questão da pobreza energética, citando que entre 1,8 a 3 milhões de pessoas em Portugal vivem nessa condição, e a importância de iniciativas como o Observatório para a Pobreza Energética. O papel das comunidades e cooperativas de energia foi destacado como fundamental para garantir acesso universal à energia limpa.

O painel concluiu com a necessidade de uma abordagem multissetorial e a importância da participação ativa dos jovens e da equidade de gênero no setor energético.